A pandemia do coronavírus provocou o cancelamento de festas e eventos. E zerou o faturamento da empresa dos irmãos Bruno Miranda e Thiago Miranda. Eles produziam embalagens e brindes para festas.
“A gente produzia 40 milhões de embalagens por mês. Foi um baque, terrível. Máquinas paradas, equipamentos ociosos, demos férias. Foi muito problemático”, explica Thiago.
O que ficou: uma montanha de produtos encalhados e uma conta de R$ 300 mil para pagar de custos fixos. Para dar a volta por cima, eles começaram a vender as embalagens para as superaquecidas fábricas de álcool em gel.
“Se produzíssemos 10 vezes mais, venderíamos 10 vezes mais. Agora com a abertura de comércio, a demanda de álcool em gel é ainda maior”, conta Thiago.
Para atender ao mercado corporativo, a fábrica personaliza o frasco com o logo da marca. E lançou uma embalagem individual. Também lançou uma embalagem individual e sachês de álcool em gel.
Flávio Bonatto Scaquetti, que já é cliente, comprou cinco mil unidades para colocar nas embalagens de delivery. “Clientes adoraram e ainda aumentou a venda por causa da curiosidade. O pessoal gostou muito desse produto”, conta.
Com a venda de todos esses produtos, em dez dias, a fábrica recuperou 80% do faturamento. E para quem acha que ser empresário é fácil, Thiago conta como foram esses meses de pandemia: “É uma rotina muito intensa, dormindo quatro da manhã, despertando às 7h30, com o dever de manter a empresa e os funcionários trabalhando”.